segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"Se não nasci para ajudar então já estou pronto para morrer."

Testemunho Aprendendo a Viver
Estava indo almoçar hoje e por onde passo vejo várias pessoas a espera de um milagre, a espera de alguém que se compadeça das suas necessidades. Logo, fui passando pela rua Timbiras aqui no centro de Belo Horizonte e vi uma senhora a qual nos últimos dias tem estado sentada frente a Catedral da Boa Viagem. Passei direto e fui almoçar com o pensamento que eu devia fazer algo, devia ajudar. Logo pensei, o que o Mestre faria? Ele ajudaria, com certeza faria muito mais do que eu podia fazer, afinal Ele é Deus! Porém muitos pensam que em nada podem ajudar, eu mesmo já pensei que somente se eu fosse rico poderia realmente ajudar alguém... 

A verdade é que um simples abraço pode destruir muralhas, um pão que damos a alguém necessitado pode ser ouro esperado .
Então, voltando do almoço vi novamente a mesma senhora atravessando a rua, olhando para dentro do restaurante, procurando compaixão de algum coração que pudesse ceder um pouco do que tinha. Parece muito poético e melodramático a frase anterior no entanto é a verdade.
Já havia separado um dinheiro na minha mão para entregá-la e parei em frente ela e perguntei: 
-Você almoçou hoje? 
Ela me respondeu: 
-Ainda não.
Então abri a minha mão e entreguei dinheiro que dava para pagar um almoço. Quase cai em lágrimas diante do seu olhar humilde e seu semblante simples. Disse a ela que Jesus a amava e que não queria que ela permanecesse assim. Instrui ela a procurar uma igreja para que ela não ficasse sozinha, sem suporte, sem apoio. Afinal a igreja é para isso, abraçar pessoas e levar a mensagem do evangelho.

Todos os dias passam inúmeras pessoas em frente aquela catedral e quase todas são competentes o suficiente para ignorar os pedintes ou fingir que nada estão vendo ou melhor, fingem que o que estão vendo são nada..

Entendi hoje, mais uma vez, que não nos movimentar é sempre mais fácil, não fazer é sempre mais cômodo.

Diante de toda esta realidade conclui o seguinte:
"Se não nasci para ajudar então já estou pronto para morrer."


Julian Anderson

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