Conta-se que certa vez um amigo procurou Sócrates, o célebre filósofo grego, desejando contar-lhe algo sobre a vida de outro amigo comum.
- Quero contar-te algo sobre o nosso amigo Andréas que vai deixar-te boquiaberto.
- Espera - Interrompeu o filósofo - passaste o que vais dizer pelas três peneiras?
- Três peneiras? Espantou-se o interlocutor.
- Primeira peneira: a coisa que me contarás é verdade?
- Eu assim creio, pois me foi contada pro alguém de confiança - diz o amigo...
- Bem! Alguém te disse...
Vejamos a segunda peneira: - A coisa que pretendes me contar é boa?
- O outro hesitou, resfolegou: - Não exatamente...
Sócrates continuou sua inquirição: - Isso começa a me esclarecer.
Verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: o que tinhas a intenção de me contar é de utilidade tanto para mim como para o nosso amigo Andréas e para ti mesmo?
- Não, não, e não.
- Então caro amigo, disse Sócrates, a coisa que pretendias me contar não é certamente verdadeira, nem boa, nem útil; sendo assim, não tenho a intenção de conhecê-lo e aconselho-te a não mais procurar veicula-la.
Conclusão: A cada dia somos alvos de pessoas com grande desejo de nos contar coisas a respeito dos outros, Devemos fazer o teste das três peneiras: - É verdade? É bom? É útil? Caso negativo, devemos simplesmente evitar que sejamos parte integrante nas bisbilhotices e nos mexericos de pessoas ávidas de "novidade"sobre a vida alheia.
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"De um escorregão de seu pé você pode se equilibrar, mas do escorregão de sua língua você jamais se recuperará" Ralph W. Emerson
Pr. Elias Amaral
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